A exposição contém trabalhos realizados durante o primeiro lockdown de 2020 em que o artista ficou “preso” na cidade do Porto. Precisamente dois anos depois, em março de 2022, este conjunto de peças é apresentado com obras anteriores e também novas, contextualizando esta investigação e prática artística. A mostra pode ser visitada até 25 de março.
Garcia Dutra se inspira em dois intelectuais para pensar esta exposição, o filósofo Vilém Flusser e o escritor brasileiro Guimarães Rosa.
“A língua tem poder instaurador da realidade e é anterior a ela, no sentido de “no início era o Verbo”. Neste sentido, é ela também anterior ao poeta. O poeta não cria língua, mas cria dentro dela e com ela. Por isso toda língua impõe sua realidade específica, e o poeta deve procurar identificar-se com a especificidade da sua língua se quer participar do seu processo criativo. A fortiori este é o caso do português, cuja própria essência é a sua plasticidade”
(FLUSSER, 2007, p.129-130).
Veja as obras e vistas da instalação no link:
https://showrooms.itgalleryapp.com/en_EN/183830443622321641ad1f