?Eu acredito que h? coisas que ningu?m veria se eu n?o as fotografasse? Diane Arbus

22/09/2014 10:39

 

Retrato de Diane Arbus.

“O que eu nunca vi antes é o que reconheço.” Com esta frase, a fotógrafa Diane Arbus define o caminho que escolheu trilhar como artista e fotógrafa. A singularidade de seus retratos e a marca por ela deixada na história da fotografia americana se dá tanto em razão das pessoas que escolhia fotografar quanto por seu intenso interesse por elas.

Diane Arbus assumiu um olhar intimista e o explorou com esmero em seus trabalhos mais reconhecidos. Movida por uma sensibilidade nata, buscava perfis de pessoas diferentes, o que acabou se tornando quase um requisito para suas fotos: seus retratados eram totalmente fora dos padrões impostos pela sociedade. Nascida em 1923 como Diane Nemerov, em Nova Iorque, encontrou em sua cidade natal inspiração para suas imagens. As fotografias deveriam traduzir o envolvimento que Diane construía com as pessoas, tornando-se, de fato, o resultado de um encontro.

Foto: Diane Arbus.

Foto: Diane Arbus.

Diane começou a trabalhar com fotografia junto com seu marido, Allan Arbus, na década de 1940. Os dois se conheceram quando ela tinha 13 anos e casaram cinco anos mais tarde, formando uma parceria no ramo da moda. Em 1959, a sociedade terminou para que Diane pudesse seguir seus interesses pessoais e, com o rompimento profissional, o casamento também chegou o fim. Apesar de ter passado por uma fase difícil, Diane conseguiu desenvolver ainda mais sua fotografia. Um aspecto importante para sua revolução veio da influência da fotógrafa Lisette Model, imigrante europeia que encorajou Arbus a desenvolver o tema da heterodoxia e, ao mesmo tempo, aperfeiçoar aspectos técnicos.

Com raras exceções, Arbus fazia apenas fotos de pessoas. O interesse dela no indivíduo não estava em seus possíveis estilos de vida ou posições filosóficas, mas no mistério que o envolvia. Suas lentes registravam a leitura do diferente e, ao mesmo tempo, expunham os personagens, procurando neles histórias a serem contadas e aprendidas. A foto significava, sobretudo, uma celebração das pessoas como elas são.

Foto: Diane Arbus.

Foto: Diane Arbus.

Arbus passava horas com os fotografados, seguia-os até suas casas ou locais de trabalho, conversava com eles e tentava fazê-los chegarem ao momento em que começavam a se desfazer de suas imagens públicas ordinariamente aceitáveis. As pessoas que Diane escolhia acatavam sua proposta e se revelavam sem pudor, confiantes de que não seriam expostas de maneira pejorativa nos ensaios.

Os trabalhos não-comerciais de Diane Arbus venceram o Prêmio Guggenheim Fellowship nos anos de 1963 e 1966, com o projeto “American Rites, Mannersand Customs”. Ela compôs o ensaio indo a concursos, festivais e ambientes privados nas cidades de Nova Iorque e Nova Jersey, além de algumas visitas a Pensilvânia, Flórida e Califórnia.

Foto: Diane Arbus.

Foto: Diane Arbus.

Entre 1969 e 1971, Diane realizou um intenso trabalho retratando pessoas com necessidades especiais. Ela também fez uma coleção intitulada “A box of ten photographs” (“uma caixa de dez fotografias”, em tradução literal), que seria o primeiro de uma série de trabalhos com edições limitadas.

Arbus cometeu suicídio em 1971. Passados mais de 40 anos de sua morte, sua visão original continua provocando as mesmas reações de quando foram apresentadas ao mundo pela primeira vez.

Fonte:http://foto.espm.br/ 
  1. Diane Arbus
    Fotógrafo
  2. Diane Arbus foi uma fotógrafa norte-americana e escritora conhecida pelas suas fotografias quadradas em preto-e-branco de pessoas comuns e de pessoas marginalizadas em suas vidas cotidianas. Morreu em 26 de julho de 1971 após suicidar-se. Wikipédia
  3.  
  4. Nascimento14 de março de 1923, Nova Iorque, Nova Iorque, EUA
  5. CônjugeAllan Arbus (de 1941 a 1969)

 

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