A Semana de Fotojornalismo chega a sua 6? edi??o, sendo realizada pela empresa de jornalismo da Escola de Comunica??es e Artes (ECA) da Universidade de S?o Paulo (USP), Jornalismo J?nior.Foto:APU GOMES

20/08/2012 08:24

  O evento reúne profissionais de destaque na área, promovendo a troca de ideias, conhecimento e experiências entre palestrantes, estudantes e demais interessados em fotojornalismo e fotografia.

Todo ano a Semana gira em torno de um tema. Em 2012, temos como ponto central o “Caos". Movimentos como a Primavera Árabe, Occupy Wall Street, Indignados na Espanha, conflitos na Líbia e Síria, além de diversas manifestações brasileiras ou reintegrações de posse como a do Pinheirinho em São José dos Campos ou embates entre traficantes e policiais nos morros do Rio de Janeiro, ganham relevância em um momento de grande efervescência mundial.

A atuação e dificuldades encontradas pelos fotojornalistas em situações de conflito, catástrofes, sofrimento, desorganização, caos, serão alguns dos tópicos abordados ao longo do evento. Destacamos, contudo, que o caos aqui, não é visto apenas por seu aspecto negativo, mas como movimento que leva à mudança.

Além das palestras, contamos com a Saída Fotográfica, na qual os participantes terão a oportunidade de fotografar um lugar da cidade baseados no tema do evento. Teremos ainda a premiação das 3 melhores fotos (uma câmera CANON T3 para o 1ºlugar), exposição e coquetel de encerramento. Além de sorteios de prêmios como um curso de fotografia e livros durante a Semana. Você não pode perder!

ALAN MARQUES

O fotojornalista Alan Marques nasceu em Brasília, onde cursou administração e jornalismo. Fez também MBA em marketing na Fundação Getúlio Vargas. A paixão pela fotografia vem de família, uma vez que cresceu rodeado pelas máquinas fotográficas de seus irmãos, também fotojornalistas, Paulo, Sérgio e Lula Marques. Começou como laboratorista no jornal O Globo em 1992. Em 1994, inicia a carreira de repórter fotográfico no Jornal de Brasília. Atualmente, trabalha na sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo, na qual entrou em 1997.

Participou da exposição dos 80 anos da Folha de S. Paulo, do livro de fotografias do MST, “Acesso à Terra no Brasil” e suas fotos estão no acervo permanente do Museu da República de Brasília. Ganhou menção honrosa no Prêmio João Primo, foi o vencedor do Prêmio de Jornalismo Impresso e também do Prêmio de Fotografia da Agência Brasileira de Segurança em 2005, com a foto “Sem segurança em frente ao Congresso Nacional”. Além disso, conquistou o terceiro lugar no 7º Black and White Spider 2012 com a foto "Waiting for a bus" e outros prêmios nacionais e internacionais.

Cobriu a queda do voo 1907 da Gol em 2006, a situação no Haiti após o terremoto de 2010, além das grandes manifestações em Brasília, como a passeata dos cem mil do MST. Também registra o dia-a-dia do cenário político em Brasília desde o governo Collor, suas lentes já viajaram o Brasil e o mundo captando importantes momentos da história.

Entre sua experiência também está a autoria de dois livros. Caçadores de Luz – Histórias de Fotojornalismo, escrito junto com seus irmãos, Lula e Sérgio Marques. Neste, os três narram como conseguiram algumas das principais fotografias de suas carreiras. O outro é a obra Nunca Antes, livro lançado em 2011, que conta a história da Era Lula em 88 fotos. 


APU GOMES

De Caratinga, Minas Gerais. Apu Gomes tem 28 anos e começou a fotografar quando era motoboy em São Paulo e sempre andava com a câmera a tiracolo, clicando cenas do cotidiano da cidade. Trabalhou como assistente de fotógrafo em uma agência de publicidade, passou por agências de fotojornalismo de São Paulo, produziu um projeto pessoal sobre o garimpo Eldorado do Juma, na Amazônia.

Está desenvolvendo projeto fotográfico sobre a Cracolândia em São Paulo desde 2007, ano em que ingressou no jornal Folha de São Paulo na função de repórter fotográfico, onde participou das coberturas da ocupação da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão no Rio de Janeiro em 2010 e da Guerra da Líbia em 2011. Participou de exposições fotográficas coletivas em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife no Brasil, e Tokio e Yokohama no Japão.


CHICO FERREIRA

Chico Ferreira iniciou sua carreira como fotógrafo e laboratorista da Secretaria de Estado da Cultura e Esporte do estado do Paraná. Cursou Comunicação Social na UFPR e mais tarde mudou-se para São Paulo onde foi membro da Agência Angular de Fotojornalismo ao lado de profissionais como João Bittar, Hélio Campos Mello, Cristina Villares, Marcos Rosa entre outros.

Na Angular, o profissional colaborou com algumas das principais revistas e jornais do país na época: Veja, Isto É, Senhor, Afinal, Status, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Correio Brasiliense, além de agências internacionais. Chico participou também da criação do núcleo de Comunicação Social do Projeto Saúde e Alegria na Amazônia. Ao retornar, integrou-se ao staff do Jornal Folha de S. Paulo, tendo recebido em 1991 o prêmio Líbero Badaró na categoria Fotojgrafia com a foto do " Tufão, Surfista Ferroviário". No mesmo ano, foi um dos fotógrafos integrantesdo quadro de profissionais da fundação da Agência Estado. Atualmente é fotógrafo free-lancer da Agência Luz de fotografia e membro da comissão de ética da ARFOC-SP, Associação dos Repórteres Fotográfico e cinematográficos do Estado de São Paulo."


EVANDRO TEIXEIRA

Nasceu na cidade baiana de Jequié em 1935, começando sua trajetória jornalística em 1958, em O Diário de Notícias, em Salvador, transferindo-se depois para o Diário da Noite, na cidade do Rio de Janeiro, onde se enraizou e reside até hoje.

Em 1962, Evandro é chamado a se integrar ao Jornal do Brasil, onde se consolidou com figura mítica do fotojornalismo nacional. Trabalhou no JB por 47 anos, saindo apenas em 2010, quando este veículo concentrou-se somente na edição on line. Versátil, sobressaiu-se em variados temas de fotojornalismo, desde política até esporte. Entre os momentos ilustres de sua atuação jornalística estão o retrato de diversos momentos da ditadura militar no Brasil, que inspirou Carlos Drummond de Andrade a criar o poema "Diante das fotos de Evandro Teixeira", a queda do governo Salvador Allende, no Chile, o registro exclusivo da morte do poeta chileno Pablo Neruda, assim como a cobertura de diversos Jogos Olímpicos e Copas do Mundo. É autor dos livros: Fotojornalismo (1983); Canudos 100 anos (1997); e 68 destinos: Passeata dos 100 mil (2008).


FILIPE ARAÚJO

Imerso no mundo das redações desde criança, foi assim que Filipe Araújo cresceu e acabou ingressando no jornalismo. Inspirado pelas grandes e intrigantes histórias que ouvia de seu pai, o jornalista Jorge Araújo, e colegas do mesmo, Filipe começos aos 15 anos como assistente de redação e, desde então, nunca mais saiu do meio jornalístico.

Fotojornalista há 13 anos e repórter do Estadão há pouco mais de oito, atualmente também faz parte da equipe de edição de fotografia de O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde. Reúne ainda em sua trajetória veículos como o diário LANCE!, Folha de S. Paulo, Revista Trip, Agência Lowe Loducca e assessoria do Palácio dos Bandeirantes.

Entre suas coberturas, destaca-se a das enchentes em Santa Catarina em 2008, durante a qual, além de fotografar, ajudou nos resgates dos feridos e desabrigados. O acontecimento ganhará destaque na palestra do dia 21, porém em sua carreira somam-se a essa cobertura muitas outras, que vão desde grandes incêndios, até reintegrações de posse. Ou do “buraco do metrô”, período no qual ficou acampado por dois dias esperando que o primeiro corpo fosse retirado dos escombros do acidente na construção da Linha Amarela. Tendo chegado a ser até sequestrado durante uma de suas coberturas, Filipe contará essas e outras histórias na VI Semana de Fotojornalismo. 


HENRIQUE MANREZA

Atraído pela criação desde muito novo, trabalhou com design entre os anos 90 e 2000 e sempre gostou de fotografia. Se apaixonou pelo fotojornalismo por fazer a fusão da fotografia com pessoas e histórias.

Já Trabalhou na Folha de SP e participou do nascimento do jornal Brasil Econômico. Atualmente trabalha como fotógrafo freelancer e , desde 2007, edita o blog 28mm que segundo o mesmo: “aborda primeiramente fotografia, mas não deixa de falar de tecnologia, design, cinema e o que mais ajudar no processo de criação”.


JÚLIO COSTA

Júlio Costa, natural de Tupi Paulista, nasceu em 1962. Desenhista Publicitário, Web Designer e Tecnólogo em Logística por formação. Fotógrafo amador e jornalista por profissão. Coordenador do departamento de pautas da Agência Futura Press nos últimos 11 anos, foi responsável pela coordenação da cobertura fotojornalística dos principais acontecimentos da última década em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, tais como: Vinda do Papa ao Brasil (2007), Acidente da TAM (2007); casos Suzane Richthofen (2002), Eloá (2008), Isabella Nardoni (2008), Yoki (2012), massacre de Realengo (2011), Rio+20 (2012), posse do Lula (2003) e da presidente Dilma (2011).

PAULO WHITAKER

Paulo Whitaker, natural de São Paulo, nasceu em 1960. Formado em jornalismo, pela FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), começou como repórter fotográfico na Folha de São Paulo, onde trabalhou por quatro anos, sendo dois deles na sucursal do Rio de Janeiro. Passou também pela AFP- Agence France Presse, como fotógrafo stringer em São Paulo durante cinco anos. 

Desde 1994 é fotografo staff em São Paulo, pela agência Reuters. Em 2006, fez um curso de sobrevivências em zonas de risco nos Estados Unidos. Cobriu eventos esportivos como a Copa de Mundo, as Olimpíadas e a Copa América. No Brasil, fotografou os conflitos no Rio de Janeiro e as eleições presidenciais.


ROGÉRIO FERRARI

Rogério Ferrari nasceu em Ipiaú, no interior da Bahia, e é formado em antropologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Trabalha como fotógrafo independente, associando a fotografia com a antropologia no desenvolvimento do projeto Existências-Resistências, tema que retrata a luta de povos e movimentos sociais por terra e autodeterminação.

O trabalho evidencia, através da publicação de livros, debates e exposições fotográficas, o lado desconhecido de conhecidos conflitos: palestinos sob a ocupação israelense; curdos, sob a ocupação da Turquia; Zapatistas, no México; Movimento Sem Terra, no Brasil. Também dos refugiados palestinos no Líbano e Jordânia; refugiados do Saara Ocidental, no deserto da Argélia, e nas cidades Saarauís ocupadas por Marrocos; ciganos no Bahia; índios no Brasil, e o povo Mapuche, no Chile – sendo que os dois últimos estão em desenvolvimento.

É autor-editor dos livros: Ciganos. 2011. Curdos, Uma Nação Esquecida. 2007. Palestina, A Eloquência do Sangue. 2004; co-autor do livro, Zapatistas, A Velocidade do Sonho. Editora Thesaurus. 2006. E autor dos livros, Palestine, e Sahraouís, editados pela Le Passager Clandestin. França. 2008 /2010.



VICTOR MORIYAMA

Victor Moriyama pode ter apenas 27 anos, mas seu currículo está recheado de boas histórias. Formado em Rádio e TV pela Cásper Líbero, sempre trabalhou com imagens, passando por emissoras como Globo e Multishow. Na época da faculdade, trabalhava para a agência Futura Press em São Paulo como fotojornalista em paralelo aos trabalhados ligados ao cinema e publicidade.

Segundo ele, a realidade sempre o cativava, e desenvolvia ensaios fotográficos pessoais ligado a pessoas em situação de exclusão social: "Um dia decidi entrar de cabeça no fotojornalismo e parar os trabalhos com cinema. Achava que a realidade me chamava, que a vontade de conhecer novas pessoas e outras situações me cativava demais e deveria seguir essa linha." 

Depois de uma breve passagem pela Agência Estado em 2009, foi trabalhar no Jornal O Vale, em São José dos Campos, interior de São Paulo, onde trabalha até hoje. Atualmente também é editor de fotografia do site O Eco, voltado para o jornalismo ambiental. Este ano, Victor iniciou trabalho como fotógrafo stringer da agência France Press (AFP).

Sobre a profissão, Victor diz: "A vontade de mostrar as desigualdades do mundo através das imagens sempre foi a mola que impulsionava meu trabalho. O fotojornalismo te força a uma transformação pessoal, ou uma adaptação a todos os tipos de situação." Dentre as principais coberturas jornalísticas realizadas por ele, estão o Complexo do Alemão em 2010, Cracolândia e Reintegração de posse em Pinheirinho em 2011, e é sobre essas experiências que Victor Moriyama vai conversar com o público da VI Semana de Fotojornalismo na sexta-feira, 24 de agosto.
Acesse: http://semanadefoto.jornalismojunior.com.br/convidados.php 

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